Há uns anos chegou-me às mãos uma objectiva por via postal.
Não a comprei, não a recebi como oferenda mas tão só como
empréstimo. Temporário.
Tratava-se de uma 28mm, uma clássica grande angular. Da baratinhas.
Demos-lhe o nome de “Traveling 28”. Eu explico:
Eramos membros de um grupo on-line de fotografia, ali
reunidos por usarmos e gostarmos de câmaras e demais equipamento Pentax.
Um dia, alguém sugeriu que todos fotografássemos com a mesma
objectiva. Não cada um com a sua, mas o mesmo objecto, que percorreria o mundo,
ficando uns quinze dias nas mão de cada um, que se encarregaria de a enviar
para o seguinte na lista de interessados. Se a memória me não falha, essa
objectiva percorreu os cinco continentes.
Na altura eu fotografava, em digital, com uma Pentax K100D,
formato APS-C e fiz o que havia para fazer com ela, tal como os demais.
Agora, com uma FF, o ângulo de visão é outro. Nada que não
tenha noutras objectivas compatíveis com FF ou o seu equivalente em APS-C. Mas uma
coisa é fotografar com uma zoom, em que acabamos por “dar um jeito” com ela
para obtermos a composição que queremos, outra coisa é uma objectiva de
distância focal fixa (primária, como lhe chamam) e ser obrigado a jogar com o
que vemos pelo visor e com os pés.
Gosto de fazer esse exercício de quando em vez, nem que seja
como desafio pessoal. Desta feita saí com uma 28mm, uma objectiva de que nunca
gostei muito. Tem um ângulo de captação simpático, mas nem suficientemente
apertado para o que gosto de fazer, nem suficientemente largo para “outros voos”.
Esta foi uma das que fiz, a que chamei “Túnel with a rear view”.
Tenho que insistir nela, para que me não seja tão difícil o seu uso.
By me
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