E podem sempre colocar-se várias questões teológicas sobre o
que vai acontecendo pelo mundo.
Será esta pandemia um castigo divino por causa da arrogância
humana de tudo querer saber?
Será uma demonstração prévia de um eventual apocalipse que
se avizinha?
Será que chama a si os anciães para com eles se aconselhar?
Estará apenas a querer reduzir o número de habitantes,
deixando espaço para as outras suas criações?
Estará a testar o ser humano na sua capacidade de compaixão
e solidariedade?
Estará a demonstrar que ele, deus, não habita nos templos
mas antes nos corações?
Estará a tentar forçar os seus pastores a repartirem o que
foram acumulando ao longo dos séculos?
Ou será que adormeceu por um pouco e a coisa
descontrolou-se?
Estas questões e muitas outras darão “pano para mangas” a
inúmeros especuladores teológicos. Os arautos da desgraça, os videntes nas
folhas de chá, os sacerdotes ávidos de poder…
Ainda verei à venda garrafas de água do gelo do polo sul,
onde é sabido não existirem humanos. Ou ventiladores, feitos com motores de
cortador de relva e mangueiras de aquário.
No pós-covid teremos os mártires e os santificados. Uns por
se terem sacrificado, outros por terem praticado milagres.
E desculpem o azedume, mas esta coisa de ontem não ter
encontrado tabaco alterou-me os humores.
By me
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