quarta-feira, 18 de março de 2020
Solidariades
As coisas e as pessoas são como são!
Há um lugar onde tomo uma refeição por dia. O pagamento dessa refeição é feito por cartão-refeição. Não que goste muito, mas não tenho alternativa.
A máquina que lê o cartão e onde é feita a confirmação da despesa não está ligada à máquina registadora, o que implica que quem cobra tem que marcar diversas teclas antes e depois de a apresentar ao consumidor.
E, tal como os multibancos normais, também aqui acontece uma enorme promiscuidade no que se refere a partilhar locais de contacto: é toda uma enormidade de clientes e um operador.
E se cada um se pode proteger após o pagamento, que está a vender nem tem tempo de se desinfectar após cada transacção.
Preocupado com isto (e toda a cautela é pouca) levei um lápis como este e ofereci-o ao profissional que estava de serviço nesse momento, sugerindo que o usassem para premir as teclas, bastando a desinfecção aquando da mudança de operador, protegendo-se entre si nesse local.
Agradeceu-me quem o recebeu. E passou a usar o lápis em exclusividade, não o deixando para os demais que naquela caixa trabalham. Nem mesmo com a recomendação de o higienizarem aquando da mudança de turno.
Não estou, de todo, arrependido do que fiz. No fim de contas, fiz o que tinha a fazer, tentando que as medidas de protecção individuais e colectivas sejam prática de todos.
Mas não me apetece nada voltar a sorrir para este funcionário. Ou fazer algo mais por ele.
Um destes dias, em passando por necessidade num supermercado, comprarei uma ou duas embalagens destes lápis. São pouco mais que ao preço da chuva.
E farei questão que todos os que usam aquele terminal de pagamento tenham esta medida de protecção individual adicional.
Solidariedade não pode ser apenas uma palavra bonita no dicionário.
By me
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