sábado, 14 de março de 2020

Simptomas




A saudação a quem chega ou parte, no rame-rame do quotidiano é, as mais das vezes, um automatismo.
Quer se trate de uma invocação divina, um pergunta pró-forma ou um desejo padronizado, usamos essa saudação sem quase pensar.
O clássico “até logo” ou o “até amanhã”, acrescentados ou não com um “se deus quiser”, fazem parte do nosso vocabulário involuntário.
Alguns usam do mesmo modo vocativos que, para além saudação e votos de alguma coisa, podem conter algum humor, ainda que se perca com o seu uso frequente.
Costumo usar um “porta-te bem” ou um “diverte-te”. Vale o que vale e, de tanto o usar quem comigo convive nem se surpreende nem sorri. É uma saudação como qualquer outra.
Dei comigo hoje, ao despedir-me de alguém que ia trabalhar, com uma substancial alteração.
Para além do “até logo” acrescentei, sintomática e inconscientemente, um “protege-te”.

Isto vai mesmo mal, companheiros!



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