sábado, 28 de março de 2020

Imodéstias




Tenho aqui uma anca que não me facilita certos movimentos. Ou porque dói ou porque tenho medo que doa.
Mas isso não impede que fotografe.
Ou me sento, ou desço e subo bem devagar e com apoio, ou invento técnicas que, levando ao mesmo resultado fotográfico, evitem esses movimentos.
Foi o caso desta. Um tripé e uma cadeira foram auxiliares preciosos.
Outra técnica, que tanto funciona para baixo como para cima, é o recurso a um monopé e com ele e com a câmara na ponta, fotografar quase rente ao chão ou bem de lá de cima.
Tenho o orgulho de reclamar ter sido o primeiro a usar a câmara bem subida no monopé, uns dois metros mais acima da minha cabeça, para fotografar manifestações em Lisboa. Chamei a essas imagens, bem como outras com a mesma técnica mas em diferentes situações, de “Se eu fosse mais alto”.
Dois anos depois de ter a começado a usar, encontrei mais gente a fotografar do mesmo modo.
Não reclamo a invenção. Até porque não sei se algures no planeta outros o terão feito antes de mim.
Mas dá-me um certo prazer saber que mais gente por cá achou que valia a pena usar esta técnica depois de me verem a praticar.



By me

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