Parece que há um grande sururu sobre a vinda a um evento
internacional de um líder de um partido de extrema-direita de um país europeu.
Ao que sei, essa pessoa foi convidada a discursar e há quem
se oponha a tal, incluindo deputados e outras figuras públicas.
Vejamos as coisas como elas são:
A liberdade de pensamento e de discurso ou existe por
inteiro ou é uma falácia! Que, da mesma forma que quero para mim a liberdade de
pensar e dizer o que quero, tenho que reconhecer essa mesma liberdade aos
outros.
Não permitir que se pense ou se expresse é rigorosamente o
que faziam e fazem os regimes totalitários, em que pensar ou falar era e é
controlado pela elite governativa.
Aquilo que podemos – e devemos – fazer, em estando em
desacordo com alguns discursos ou pensamentos, como parece ser o caso, é
manifestarmos o nosso desacordo com essas ideias e fazer o possível para que os
cidadãos não se deixem influenciar por eles. Explicando os nossos pontos de
vista, desmontar o que de mentira ou demagogia for dito e convencendo os nossos
iguais da perigosidade do que for dito.
Impedir o discurso de alguém, mesmo que discordemos
integralmente com o que é dito, é a antítese do conceito de liberdade.
E países há hoje onde a liberdade de expressão é censurada,
e isso inclui o que se auto-intitula “defensor da liberdade” – EUA. E França. E
Grã-Bretanha. E Áustria. E Itália. E Espanha. E Russia. E Polónia. E…
Já nem falo nos que impõem ou proíbem credo religioso.
Liberdade é liberdade, sem peias nem limites que não seja a
liberdade do outro. E mesmo esta é passível de discussão.
E Democracia – o governo pelo povo e para o povo – bem como o
seu exercício implica o total esclarecimento do povo sobre as diversas ideias
existentes para que possa escolher e decidir em consciência e liberdade.
Quanto ao resto, venha lá essa senhora dizer o que quiser.
By me
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