Quase onze da manhã. Na minha janela, à sombra, o meu
termómetro/higrómetro mostrava-me isto.
Tinha acabado de regressar a casa, depois de um rápido e tão
pela sombra quanto possível passeio higiénico com o cãopanheiro. Mesmo com o
tempo que faz, isto tem que acontecer.
Já quase a entrar no prédio, um camião de recolha de lixo
fazia o seu trabalho.
Aqui na zona os contentores são subterrâneos e o que fazem é
abrir a tampa e, com a grua, retirar o saco enorme para a caixa de carga,
repondo um vazio. Para além do motorista, duas pessoas fazem a manobra.
Estavam no nosso trajecto. Mas o calor era tal que o cãopanheiro
nem ligou para as duas mulheres que faziam o seu trabalho. Nem para o cheiro,
pestilento, que dali emanava. Nem para a modinha que entoavam. Na torreira do
sol. Com a farda, botas e luvas que envergavam.
Da próxima vez que se queixarem do sol e do calor,
lembrem-se delas e deles.
By me
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