Ao que li, foi considerado correcto pelo supremo tribunal
norte-americano o impedir-se a entrada nesse país de naturais de sete países:
Irão, Líbia, Somália, Síria, Iémen, Coreia do Norte e Venezuela.
A esta decisão soma-se o barrar a entrada a quem tenha
viajado para esses países, como foi o caso, recentemente, do antigo
secretário-geral da NATO e alta figura da União Europeia Javier Solana. Suponho
que muitos outros, não mediáticos, tenham tido a mesma sorte.
Será legítimo que um país não queira no seu território
determinadas pessoas vindas de outros países. Em última análise, na minha casa
também só entra quem eu permito.
E, claro, podemos perguntarmo-nos se o facto de ter uma dada
nacionalidade ou credo será motivo para tal. Na minha casa não é.
Mas também será legítimo a reciprocidade, directa ou
indirecta.
O saber que um vizinho da minha rua tem essa atitude,
indiscriminada e sem motivos específicos que não o credo ou a nacionalidade,
faz com que eu não queira que entre na minha casa.
O facto de os EUA recusarem a entrada no seu país a gente só
porque professam determinada religião ou nascerem de determinado país faz com
que eu não queira que entre em Portugal – o meu país – pessoas nativas dos EUA.
Simples!
Poderão dizer-me que a decisão foi tomada por um presidente
e não por todo aquele povo. Mas a verdade é que foi eleito livremente por esse
povo e foi-lhe confiado o poder de tomar decisões deste cariz.
Até que seja, eventualmente, arredado do cargo, as leis
criadas pelo actual presidente dos EUA representam a vontade do respectivo
povo.
E não me apetece ser hospitaleiro para com um povo que
segrega em função da nacionalidade ou da religião.
By me
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