Certo! Há muitas de fazer
as coisas. Se assim não fosse, todos teríamos resultados idênticos e isto da
vida seria uma sensaboria.
E a fotografia, (que é
parte da vida para alguns, é a vida para outros) não é diferente.
Sabemos que a fotografia
é a escrita da luz (ou a escrita com a luz). Como tal, o seu domínio é vital.
Em questões de qualidade e em questões de quantidade.
É por isso que os
fabricantes colocam no mercado cada vez melhores sistemas de aquilatar a luz,
quer se trate de aparelhos externos à câmara, quer se trate da forma como a
própria câmara mede a luz. Pontual, matricial, ponderada ao centro, são vários
os sistemas.
Mas as variáveis são
sempre as mesmas, em princípio: a quantidade de luz existente, o tempo de
exposição, a abertura do diafragma e a sensibilidade do sistema.
Há várias formas de lidar
com estas variáveis.
Deixando que os
automatismos façam o seu trabalho. Resulta mediano, na maioria das situações.
Completamente em manual.
Tempo, abertura e sensibilidade sempre controladas pelo fotógrafo, decidindo
sobre cada factor em função das circunstâncias. É divertido, dá-nos o total
controlo sobre o resultado, mas moroso (ou mais moroso).
A terceira alternativa é
um misto. Deixar que os automatismos aconteçam apenas em alguns factores,
dependendo das decisões que tomamos nos outros. “Prioridade” a isto ou àquilo.
As mais das vezes opto
pela terceira. A sensibilidade é sempre a mesma, o diafragma é decidido por
mim, em função do que quero e vou estando atento ao tempo seleccionado pelo
automatismo. Confesso que pouco trabalho desta forma, bastando-me um olhar de
relance para os indicadores para me certificar que os valores automáticos estão
dentro dos limites que aceito.
Claro que isto tem resultados
medianos. Que depende sempre das condições de luz e dos contrastes da cena. E é
aqui que uso a função extra que não referia: a compensação de exposição.
Conhecendo a forma de
medir a luz da câmara, decido se aquilo que ela está a medir e a actuar em
concordância está ou não de acordo com o que quero. As mais das vezes, trata-se
de uma decisão minha antes mesmo de fazer a medição ou levar a câmara à cara:
quero mais escuro que, ou mais claro que porque o assunto onde medirá é de si
pouco ou muito reflector. Ou porque a interpretação subjectiva das luz
existente implica uma abordagem que não meramente técnica e fiel do que está
ali.
Nas recomendações que vou
dando a quem me vai fazendo perguntas ou vai ouvindo o que vou dizendo,
recomendo esta abordagem numa primeira e segunda fases: optar por abertura e
definir profundidade de campo e decidir sobre a forma de medir e o seu
resultado.
Deixo o manuseamento
integralmente manual para uma fase mais avançada, em que o hábito de
interpretar o assunto esteja bem enraizado.
E fica aqui a razão de
ser desta diatribe: será que os demais que fazem fotografia ou ajudam a
aprender fotografia têm abordagens semelhantes ou optam por outros caminhos?
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