terça-feira, 22 de agosto de 2017

Trocas



Em tempos conheci um fulano.
Com loja aberta no campo da fotografia, completando a sua actividade com aulas e formação na área.
De princípio achei-lhe graça, pese embora ser um tudo ou nada basófias. Apesar disso, fomo-nos encontrado quando os nossos percursos se cruzavam, conversando sobre os temas que nos interessavam.
Nestes temas incluíam-se, muito naturalmente, a formação em fotografia: métodos, estratégias, abordagens, objectivos… Chegou mesmo a comparecer em acções de formação que eu promovia.
Qual não é o meu espanto quando, a dada altura, encontro nas divulgações das suas formações, aquilo que com ele havia comentado e visto, assumindo como inovação pedagógica, quase ipsis verbis, aquilo que lhe havia dito ou a que havia assistido.
Caramba! Estava a assumir como seu, exclusivamente como seu, aquilo que havia aprendido com outrem.
Não gostei e fiz-lhe saber o meu desagrado. Não necessitaria de identificar as fontes do que propagandeava mas, ao menos, que não assumisse a autoria do que não tinha concebido.
A resposta roçou a má educação e a ordinarice. Não as tocou, mas ficou lá muito perto, negando por completo o que lhe dizia.
Encheu-me!
Cortei por completo relações, reais ou virtuais, e deixei de recomendar o seu estabelecimento. Não recomendo a ninguém o fazer negócio com alguém que tenha este comportamento.

Infelizmente, neste mundo desenfreadamente competitivo, o que mais há é quem se aproveite do esforço e boa-vontade dos outros em proveito próprio, incapazes de reconhecer os benefícios que recebem.


Nota adicional: Desceria ao seu nível se aqui identificasse de quem falo. Até porque continua activo no seu negócio.

By me 

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