Quero
uma escola para as nossas crianças que se baseie na igualdade na diferença e na
fraternidade.
Não
quero uma escola que use ferramentas didácticas que incentivem à discriminação pelo
sexo, credo ou cor de pele.
Que
os livros e discursos que o incentivem se destinem a adultos faz sentido. A
liberdade de expressão também é uma pedra basilar da sociedade que idealizo. Os
adultos têm, em princípio, capacidade de discernir entre o que é bom e o que é
mau. E o facto de ter em casa a bíblia e o “mein kampf” não faz de mim nem cristão
nem nazi.
Mas
a criança de tenra idade não sabe fazer essas distinções entre o bem e o mal, o
certo e o errado. Aprende-o com os adultos e com aqueles em quem confia.
Darem-lhes
instrumentos lúdicos de aprendizagem que incitem à discriminação (sexo, credo,
cor) é o equivalente a fazerem-nas frequentar madraças ou juventudes social-nacionalistas:
saem de lá convencidas de serem aqueles preceitos os correctos para a vida.
Fazerem
crianças aprenderem por livros infantis que o certo é a discriminação (sexo,
cor, credo) é equivalente a fazerem-nas acreditar nas teorias criacionistas,
considerando como blasfémias as evolucionistas. E isto, recorde-se, acontece em
países ditos “civilizados”.
O
Index foi horrendo. E ao longo dos tempos temos assistido a diversas queimas de
livros, actos quase tão violentos quanto as queimas de bruxas.
Mas
no tocante à literatura infanto-juvenil há que ter cuidado com os conteúdos do
que se lhes entrega para lerem e aprenderem. Tal como o que lhes mostramos na
pantalha.
By me
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