terça-feira, 9 de agosto de 2016

M.



Se eu me sentisse eticamente liberto para contar todos as histórias ou estórias que me vão acontecendo, sem acrescentar ou inventar o que quer que seja, o que eu teria para aqui contar.
Mas não posso a menos que romanceie, invente, mude nomes e locais, ajeite de tal forma que acabaria mais por ser ficção que realidade. E isso eu não quero.
Mas não me posso esquecer de M., com a vida que leva, os disparates que fez e faz, os pontapés da vida que levou e leva.
E dos encontros nunca previstos e mais que espaçados. Inconsequentes que não sejam em sorrisos e trocas de palavras, por vezes rápidas que outras prioridades existem.
Um dia, quem sabe, e se a ordem natural das coisas se inverter, eu estarei por cá e poderei falar do que sei, do que vi e ouvi, do que suspeito e deduzo.

Até lá, M. e eu continuaremos a encontrarmo-nos quando a sorte o ditar e em trânsito. Ou talvez não.

By me 

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