domingo, 6 de novembro de 2016

Se eu fosse mais alto



Ao longo dos tempos fui conseguindo ser original por cá em algumas coisas no campo técnico da fotografia.
Fui, por exemplo e ao que sei, o primeiro a usar flash sincronizado com a segunda cortina. Isto no tempo em que o digital ainda era só a ponta do dedo e nenhum câmara tinha esse ajuste. Um dispositivo, que um colega construiu a meu pedido, fazia a festa.
Com o tempo o dispositivo perdeu-se e agora qualquer câmara faz isso e mais um mundo, que os engenheiros dos fabricantes são imaginativos.
Fui também o primeiro, pelo menos nunca tinha visto nada disso até há pouco tempo, a fazer fotografias do estilo “se eu fosse mais alto”. Feitas uns dois metros mais acima da cabeça sem que eu saísse do chão, usava para isso um monopé esticado e bem subido com uma pequena câmara lá em cima. Permitindo-me perspectivas incomuns em momentos raros. Ou outras.
Com o tempo, passei a ver nas manifestações monopés subidos, paus-de-selfie em riste e, mais modernamente, os drones.
Tal como a corrente de autoclismo. Ou o regresso dos “á-lá-minuta”. Ou…
É bom saber que, de um modo ou de outro, alguns pegaram nas nossas ideias ou práticas e as passaram a usar, desenvolvendo-as e obtendo sucesso com elas.
Quanto a mim, continuo a achar que se tivesse mais uns dois metros faria imagens diferentes. E continuo a tentar demonstrá-lo.


By me

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