segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Saúde





Volta e meia, quando as condições climatéricas e os meus horários de trabalho permitem, organizo aquilo a que chamo de “trocas fotográficas”.
Com um pré-aviso ou convocatória feita pelas redes sociais, acontece aos domingos, em locais públicos e gratuitos.
O objectivo é trocarmos o que temos, sendo que eu dou alguns conhecimentos básicos e de iniciação fotográfica, os demais dão o que entendem, desde que feito pelo próprio.
Não há pagamentos ou dinheiro envolvidos e o único compromisso ali assumido é meu: comparecer com um projecto de trabalho para a tarde. Conteúdos e exercícios.
Ajusto tanto uns como outros para quem tem poucos ou nenhuns conhecimentos e o objectivo é que cada um consiga tirar partido e satisfação do equipamento que tem, independentemente da sua simplicidade ou complexidade.
Genericamente damos-lhe o nome de “trocas”, já que é o que acontece.
Mas podem-lhe chamar de “batata frita”, “chá dançante” ou mesmo “obturações organizadas”.
Agora, por favor!
Não lhe chamem de “evento”!
Tem um nome demasiadamente pomposo, demasiadamente na moda, demasiadamente faceboquiano, demasiadamente a cheirar a “algo-que-até-poderia-ser-de-borla-mas-que-afinal-é-pago” para o meu gosto.
Não há exibições, não há competições, não há egos a alimentar, não há compromissos comerciais. Nada! Apenas uma partilha recíproca, em que cada um contribuiu para o todo.
Chamem de evento aos workshop das escolas, às sessões com modelos pagos, aos beberetes do jet set…
Comigo são “trocas” e chamar-lhe “evento” é insultar o que ali acontece, fraternalmente.

Quanto ao resto, saúde e saibam que este domingo há trocas, de acordo com a convocatória.

By me

2 comentários:

joaquim bispo disse...

Mesmo que as condições climáticas não sejam as melhores, convém é que as condições climatéricas sejam favoráveis... ;)

JC Duarte disse...

Pois, às vezes o escrever de raiva dá nisso.