A
variedade existente nos seres humanos é fascinante. É tão grande que estou em
crer que terão que passar ainda alguns milénios para que possam existir duas
pessoas que se repliquem por inteiro no seu agir e pensar. Mesmo com explosão
demográfica que conhecemos.
Esta
multiplicidade faz, naturalmente, com que se criem grupos de proximidade e
afastamento com cada um. Nada de novo aqui. Gente há que por estar perto
daquilo que pensamos os queremos nos nossos círculos de convivência, outras que
por serem tão diametralmente opostas queremos mesmo é que partam para Marte ou
mais.
Não
sou diferente dos demais e também tenho círculos de afinidade. Família,
trabalho, vizinhança. Alguns são tão próximos que lhes chamamos de amigos.
Outros, a média distância, chamamos companheiros. Outros ainda, mais afastados,
intitulamos de conhecidos. E os demais nem nada, que ficam naquele espaço
neutro sem afectos especiais, positivos ou negativos.
Mas
há aquele grupo de gente que, por um motivo ou outro, queremos mesmo muito longe.
Que os seus actos ou pensamentos nos incomodam, perturbam, por quem nutrimos
especial inimizade, para não usar um termo mais forte.
Recordo,
infelizmente, uma situação recente em que duas pessoas, por birra e afirmação
pessoal, acabaram por fazer com que houvesse perda de trabalho de terceiros.
Mesmo que nada tivessem de pessoal para com quem perdeu o sustento.
Essas
pessoas passaram, naturalmente, para aquele espaço inter-galáctico algures para
lá de Alfa-Centauro e apenas tolero as suas presenças porque a isso sou
obrigado.
Mas
há também aquelas pessoas que conheço, cujas formas de pensar me desagradam,
mas que não mantenho tão distante assim. Tanto na vida real como nas redes
sociais. Vou mantendo com estes alguma proximidade de “investigação”.
É
que faço questão de saber que pensamentos vão correndo p’lo mundo fora, que ele
– o mundo – é particularmente interessante de viver. Mas também porque me
interessa saber de perto o que vão pensando aqueles que, devido à sua forma de
pensar, me podem prejudicar ou ao mundo.
Subestimar
o adversário, mesmo que num universo de alguns biliões, não é boa política. E
se o universo de pessoas que conheço, directa ou indirectamente, se resume a
alguns milhares, é muito mais fácil de o fazer.
Assim,
vou tentando manter uma sã convivência com essas pessoas, ao vivo e a cores ou
na virtualidade das redes sociais. Nada de confrontos ou argumentações fúteis.
Apenas deixando que as ideias fluam numa neutralidade em que o respeito p’la
diversidade de opiniões impera.
Que
se eu não respeitar as opiniões divergentes das minhas, como poderei exigir que
as minhas sejam respeitadas, mesmo que lhes estejam diametralmente opostas?
O
universo é composto de equilíbrios! E o ser humano, fascinante que é, faz parte
do universo.
By me
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