Fiz este exercício diversas vezes com diversos companheiros
de fotografia:
Definimos um espaço (uma praça ou largo, uma rua, um
jardim...) definimos um tempo (uma hora, duas horas) e uma quantidade de
fotografias (24, 36, 72). Haveria que cumprir esses requisitos e, mais tarde,
compararmos imagens e visões. Era uma forma de nos aperfeiçoarmos, tanto no
fazíamos como de conhecer outras abordagens.
Tenho usado este exercício ao longo dos tempos. Muitas vezes
sozinho, como forma de me aprimorar, muitas vezes em contexto formativo, com
adolescentes ou adultos. Tem ele como objectivo o levar a ver bem para além do
primeiro olhar, o tirar partido da luz que existe procurando outros eixos e o
explorar perspectivas não tão óbvias ou imediatas mas que, de algum modo, contam
aquilo que queremos contar. E, em ambiente formativo, o disciplinar o olhar e o
acto fotográfico, coisa que com o facilitismo do digital se vai perdendo um
pouco.
Recordo uma ocasião em que o fiz com um amigo. Enquanto eu
usava a 75-150mm, ele usava a 24mm. Nada de imposto, apenas opção pessoal. As nossas
preferidas.
Abordagens bem distintas ao espaço onde estávamos. Nem
melhores nem piores, apenas diferentes.
Há uns tempos encontrei esta 24mm. Nunca fui muito de grande
angular, mas lembrei-me deste episódio e decidi também eu tentar. Foi uma
surpresa.
Aquilo que não me satisfazia na 28mm e que achava demasiado
numa 14mm estava na conta certa com esta. O ângulo de visão, a perspectiva a
que me leva para colocar o assunto em evidência, a “imposição” de primeiros
planos quando o assunto fica distante... fiquei fã desta objectiva e hoje faz
parte do conjunto mínimo com que saio de casa. Mesmo não sendo a minha
objectiva predileta.
Pentax K1
mkII, Tamron SP Adaptall2 90mm 1:2,5
By me
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