Por vezes, para obtermos uma peça específica temos que ficar com o conjunto. Foi o caso.
À venda estava uma Pentax MX preta. Fiquei “guloso”, já que faria par com a cromada que tinha.
Mas com a câmara vinha esta 50mm. Na altura não me interessavam por demais as 50mm. Tinha duas PK e uma M42 e esta, para fotografar, não me fazia falta. Mas como com ou sem objectiva o preço era o mesmo, fiquei com ela.
Admito que as 50mm não me cativam. O ângulo de visão que fornecem não corresponde à minha visão: nem suficientemente aberto para uma perspectiva próxima, nem suficientemente fechado para uma perspectiva distante.
Claro que, quando a tenho comigo e colocada na câmara, a uso. É sempre um desafio fotografar com ela e, usando de luz e perspectiva, colocar em evidência aquilo que quero. E eu gosto de desafios.
É por gostar deles que, em ambiente didático, insisto com os alunos a usarem-na em exclusivo durante algum tempo, em vez de usarem as objectivas zoom que agora fazem parte dos kits. Obriga-os a pensar e a estudar e interpretar o assunto, ao invés de variarem a distância focal sem variarem de ponto de vista. Isto leva-os a andarem para a frente ou para trás, ou para os lados até encontrarem uma solução satisfatória.
Claro que lhes sugiro, mais tarde, para fazerem o mesmo exercício com um grande angular e com uma teleobjectiva.
Esta prática, ainda que forçada e, por vezes, não muito simpática, acaba por os levar a descobrir outras formas de ver e a ganharem o hábito de ver com os olhos da alma e os pés antes de premirem o botão.
Pentax K1 mkII, Pentax-M 35mm 1:2
By me
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