Muitas são as discussões em torno de qual é a objectiva “normal”
ou “standard”. Os argumentos são muitos, da fisiologia à técnica, do subjectivo
ao histórico. Por mim, o que mais
importa é o conforto de quem fotografa com o ângulo de visão da objectiva com
que está a trabalhar.
Nunca fui muito de grande angular. Por vezes recorria a uma,
fixa ou zoom, só porque era a que se mais adaptava ao que estava a fazer. Mas sempre
ouvi muitos e conceituados fotógrafos a defenderem as virtuosidades da 35mm. Principalmente
os que fazem reportagem. Usando mesmo aquele argumento “Se a fotografia não
está boa é porque não estavas suficientemente perto”. Rebatível, mas entendo-o.
Um dia vejo-me com esta 35mm nas mãos. Não foi uma escolha,
já que acompanhava uma câmara que eu queria. Mas, já que a tenho vamos usar
aquilo que tantos e tão bons defendem. Foi uma surpresa!
De início foi um pouco desconfortável estar com aquela
primária na câmara. E só alguma disciplina e preguiça me impedia de a mudar. Porque,
e por uma questão de método, saía de casa já com ela colocada. Aprender outras
abordagens implica entrarmos em terrenos que podem não nos ser confortáveis.
Mas, ao fim de algum tempo, percebi que aqueles 63º em Full
Frame eram, e são, muito agradáveis de usar. Tão agradáveis que, agora, é esta
objectiva que tenho pronta a fotografar ao sair de casa, alternando apenas com
a minha já tradicional 90mm.
Há pessoas que se vestem de acordo com a sua disposição
nesse dia. Cores, formalidade, conforto... eu escolho uma objectiva.
Pentax K1
mkII, Tamron SP Adaptall2 90mm 1:2,5
By me
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