Ter medo nos tempos que correm é natural.
Difícil mesmo é saber geri-lo: aparentar tranquilidade
quando necessário, nervo quando faz falta e dormir quando o corpo o pede.
E é nestas ocasiões mais difíceis que a religião é o suporte
anímico para muitos, atribuindo à sua divindade a responsabilidade do que
acontece e depositando nos deuses as soluções e alívios.
Já os que não têm um sobrenatural protector têm um pouco
mais de dificuldade, já que tanto culpas como soluções atribuem-se aos
próprios, ao destino ou a uma eventual teoria da conspiração.
Sobram desesperos por um lado, emergem ódios de estimação e
oportunidades para os menos escrupulosos.
E no meio de tudo isto, uma certeza: O dia nasce amanhã de
novo.
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