Foi já há
uns bons anos, decorria o meu projecto “Old Fashion” no Jardim da Estrela e fui
abordado por duas senhoras catequistas já não sei de que confissão religiosa.
Não
costumo ser rude para com estas pessoas. A sua conversa não me interessa por
demais e tento afasta-las com a urbanidade que posso e sei. Por vezes
recorrendo a estratagemas pouco ortodoxos, mas não rudes.
Desta
feita esgotei todas as que tinha sem sucesso. Eu estava ali “amarrado” à minha
câmara montada e elas tinham-me como “vítima” garantida.
A conversa
terminou, com vitória para mim, quando lhes apresentei um argumento adequado ao
que ali fazia:
“As
senhoras prometem a felicidade numa eventual vida após a morte. Da qual não há
testemunhos que não a fé. Eu propicio a felicidade, aqui e agora, ao entregar,
de borla, fotografias a quem mas pede e provocando sorrisos. Quem, de nós, tem
mais sucesso?”
Engoliram
em seco, disseram mais uma ou duas coisas e zarparam. Devem ter-me identificado
com Belezu encarnado.
Mas o
certo é que essa é a minha abordagem.
Podemos e
devemos trabalhar para a felicidade futura. Sejam quais forem os conceitos de
felicidade e os prazos considerados.
Mas não
devemos descurar a felicidade no momento em que vivemos. Não apenas fazendo por
ela mas – e antes de mais - encontrando-a no que somos e temos.
E,
principalmente, fazendo com que ela se espalhe, qual epidemia, em redor. Mesmo
que em pequenas coisas e por uns instantes.
Como?
Depende das circunstâncias, dos envolvidos e das suas capacidades.
Se a vida
fosse uma fórmula resolvida…
By me
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