Há uns anos precisei de recorrer aos préstimos de um
advogado.
Tratava-se de tentar obter na justiça a compensação das
despesas efectuadas na sequência de uma agressão.
Uma situação absurda. Tanto a agressão quanto o
relacionamento com a advogada.
Que, a dado passo, me propõe ela eu apresentar em tribunal um
conjunto de mentiras sobre os “danos não patrimoniais” sofridos. Insónias,
pesadelos, medo, alteração de rotinas… um conjunto de queixas falsas.
Acrescente-se que teria que o fazer para que o montante a
receber fosse suficiente para cobrir as despesas que tinha tido com a agressão
e o seu trabalho, mais caro que o que eu reclamava.
Acabei por prescindir dos seus serviços, explicando-lhe que
mentir não faz parte da minha forma de estar no mundo. Para além de ser crime
fazê-lo na barra dos tribunais.
Não recebi o dinheiro gasto. Mas dormi muito mais tranquilo.
Ainda hoje, passados todos estes anos, me cruzo com ela
amiúde. Quase todos os dias, para ser mais exacto. E continuo a não lhe dirigir
a palavra, nem mesmo a saudação, a menos que seja mesmo necessário.
By me
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