sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

WPP



E porque é de novo notícia, tenho que voltar ao assunto:
O World Press Photo.
Não ponho em causa a qualidade das fotografias seleccionadas ou premiadas. Sem sombra de dúvida que são boas ou muito boas.
O que ponho em causa são os critérios de selecção das fotografias.

Trata-se de um concurso de fotografias de imprensa. Publicadas ou feitas com esse intuito. E sabemos que a imprensa tem uma panóplia de títulos e géneros, desde o social ao desportivo, da decoração às armas, do automóvel aos gereneralistas, da arquitectura à natureza…
Nestes títulos e géneros encaixa todo o tipo de imagem: simpática, pouco simpática, agressiva, de violência, ternurenta, arrojada, convencional…
Pois uma grande parte das imagens seleccionadas ao certame e premiadas são violentas ou sobre violência. A guerra, o sofrimento, as catástrofes, a violência na natureza, a dureza da competição…
Como se a fotografia de imprensa fosse só, ou quase só, este tipo de imagens.
Não é! E é-nos fácil perceber que não é.
Pelo facto de não ser mas os promotores do concurso actuarem como se fosse, não contam comigo para engrossar as estatísticas dos visitantes, para alimentarem as contas bancárias com o negócio das publicações associadas, nem para divulgar ou incentivar os amantes da fotografia a fazê-lo.

No dia em que esta organização entender e demonstrar que entende que há fabulosas fotografias de imprensa que não apenas as de sofrimento ou violência, contam comigo.
Até, fico em casa. Ou, ainda melhor, vou fotografar!

E, repito, não ponho em causa a qualidade dos trabalhos apresentados.


By me

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