E porque é de novo
notícia, tenho que voltar ao assunto:
O World Press
Photo.
Não ponho em causa
a qualidade das fotografias seleccionadas ou premiadas. Sem sombra de dúvida
que são boas ou muito boas.
O que ponho em
causa são os critérios de selecção das fotografias.
Trata-se de um
concurso de fotografias de imprensa. Publicadas ou feitas com esse intuito. E
sabemos que a imprensa tem uma panóplia de títulos e géneros, desde o social ao
desportivo, da decoração às armas, do automóvel aos gereneralistas, da
arquitectura à natureza…
Nestes títulos e géneros
encaixa todo o tipo de imagem: simpática, pouco simpática, agressiva, de violência,
ternurenta, arrojada, convencional…
Pois uma grande
parte das imagens seleccionadas ao certame e premiadas são violentas ou sobre
violência. A guerra, o sofrimento, as catástrofes, a violência na natureza, a
dureza da competição…
Como se a
fotografia de imprensa fosse só, ou quase só, este tipo de imagens.
Não é! E é-nos fácil
perceber que não é.
Pelo facto de não
ser mas os promotores do concurso actuarem como se fosse, não contam comigo
para engrossar as estatísticas dos visitantes, para alimentarem as contas bancárias
com o negócio das publicações associadas, nem para divulgar ou incentivar os
amantes da fotografia a fazê-lo.
No dia em que esta
organização entender e demonstrar que entende que há fabulosas fotografias de
imprensa que não apenas as de sofrimento ou violência, contam comigo.
Até, fico em casa.
Ou, ainda melhor, vou fotografar!
E, repito, não
ponho em causa a qualidade dos trabalhos apresentados.
By me
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