As questões são
sempre as mesmas:
A ética, a
liberdade, a liberdade do outro, a ética que "me" rege, a lei, as
obrigações e as proibições, o que faço ou não faço independentemente dos códigos
de conduta, a relação da lei com a moral pública...
No meio de tudo
isso, a informação incompleta ou distorcida que os media ou as redes sociais
providenciam. Por ignorância, por ganância, por motivos socio-políticos...
A escola falha em
toda a linha na preparação de jovens pensantes.
E são alguns de
nós que vamos gastando do nosso tempo em, mais do que dizer-lhes o que pensar,
lhes mostramos varias linhas de pensamento. Ficando a escolha para eles, desde
que pensem.
Confesso que me dá
muito gozo vê-los a descobrir outras ideias, outros modos de pensar, daqueles
que são estrategicamente omitidos nas salas de aula.
Nota fotográfica
adicional: esta imagem enferma de um defeito, de um erro do fotógrafo. Alguém
sabe dizer qual é?
By me
1 comentário:
Aparentemente o vir o próprio fotógrafo dizer que cometeu um erro numa imagem que mostra não é provocação suficiente. Nem na net em geral nem nos grupos de fotografia em particular.
Mas eu satisfaço a curiosidade daqueles que se deram ao trabalho de parar para analisar e/ou pensar:
Em olhando para este rosto e estes olhos constata-se que a sua dona será estrábica ou vesga. O seu olho esquerdo (do lado direito da imagem) está orientado num eixo que não o paralelo ao nariz, ao contrário do outro olho.
Não é isto uma característica de quem foi fotografado.
Isto aconteceu porque o fotógrafo – eu – estava demasiado perto, cerca de um metro, para conseguir o enquadramento desejado. E, a essa distância, olhar para um ponto provoca este entortar dos olhos.
Isto não me é novidade. Há anos que vou fotografando olhares. Acontece porém que nem sempre tenho comigo uma objectiva suficientemente potente para conseguir manter uns dois metros entre mim e o fotografado.
Poderia, diriam, fazer um retrato a maior distância e recortar posteriormente. Claro que sim! Mas não respeitaria o proposto à ou ao desconhecido a quem pedi para fotografar os olhos, só os olhos.
Para estas fotografias, e considerando as proporções habituais de altura/largura dos sensores, a imagem corta o rosto um pouco acima das sobrancelhas e por alturas da boca. Suficientemente cortada para que não seja integralmente reconhecido o seu dono.
A uma maior distância, com a mesma objectiva, para ganhar um ponto de vista ou perspectiva mais conveniente, ficaria com todo o rosto e parte do colo e cabelo, transformando-se num retrato. Coisa que alguns dos fotografados não querem e que não saberiam que o faria.
Nesta coisa de enquadrar e premir o obturador, somos donos integrais dos nossos actos.
Mas também responsáveis pelos compromissos que assumimos e pelo respeito que temos pelos fotografados.
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