O formato fotográfico alargado na horizontal sempre atraiu
parte da comunidade fotográfica.
Quer fosse porque o assunto principal fosse assumidamente
horizontal e o que mais houvesse na vertical fosse mais “lixo” que componente
do que se queria mostrar, quer fosse para quebrar as normas estéticas das
proporções, quer fosse para aproximar a fotografia da forma de ver humana...
sempre houve quem por aí caminhasse.
Mas um problema se levantou sempre: a compatibilidade dos
formatos apresentados pelos fabricantes de película com a vontade desses
fotógrafos.
Foram várias as abordagens técnicas de fabricantes para os
satisfazer.
Desde a janela da película mais larga e a utilização de
objectivas que tivessem um ângulo de cobertura compatível até às câmaras cuja
objectiva “varria” o ângulo desejado, rodando em torno do seu eixo ótico,
passando pela opção de fazer mais que uma imagem e justapo-las no resultado
final.
A Pentax, tal como outras marcas, também tentou a vertente
panorâmica, mas do modo mais acessível ao público em geral, tanto no criar uma
câmara que que respondia ao habitual mas também às imagens panorâmicas.
No lugar de tentar aproveitar mais película ou criar um
mecanismo mais complexo, introduziu uma alteração da janela do negativo. A
largura manteve-se no convencional mas aproveitava menos na vertical. Bastava rodar
um botão.
Sistema inteligente, de baixo custo, e que permitia o
utilizador escolher um ou outro formato sem entrar em maiores despesas de
câmara ou objectiva, e tudo no mesmo rolo fotográfico.
A Pentax MZ-5 é disso exemplo, produzida em finais dos anos ’90,
pouco antes da popularização dos sistemas digitais.
Claro que as limitações impostas pelos fabricantes de papeis
fotográficos e mesmo dos monitores digitais continuam a vigorar, dificultando
um pouco quem produzir ou criar imagens a seu gosto, mas isso é outro capítulo na
história da industrialização e normalização dos processos criativos.
Pentax K1
MKII, SMC Pentax-M macro 100mm 1:4
By me


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