domingo, 9 de dezembro de 2018

Em tempo de crise




Recordo uma história cuja veracidade não asseguro. Por aquilo que suponho saber, remontará aos tempos do PREC.
Terá um dirigente partidário português comentado para um outro escandinavo: “Nós queremos acabar com os ricos.” Ao que o outro terá respondido “Pois nós queremos acabar com os pobres”.
Verdade, com estes ou outros, ou mentira, lembro isto a propósito do quanto estão escandalizados os sindicatos dos funcionários públicos sobre o aumento salarial decidido pelo governo apenas para os escalões inferiores, deixando todos os demais na mesma. Por aquilo que li nos jornais, esta medida abrange 50 a 70 mil pessoas, deixando de fora mais de 600 mil. Segundo as mesmas fontes, o salário mínimo na função pública passa para 635 euros, no lugar do fixado para o sector privado que se fica pelos 600 euros.
Caramba!
Eu gostava de ver os sindicatos (e os trabalhadores por eles representados) satisfeitos por saberem que os que menos ganham passaram a ganhar um pouco mais. Que para quem receba líquido 1500 euros pode ser pouco significativo, mas para quem receba 600, 35 euros é notório.
A cupidez de alguns é terrível!
E é doloroso ver gente emparelhada em tarefas com os mesmos objectivos e, na pausa para a refeição, uns a comerem bife e outros a comerem salsicha.



By me

Sem comentários: