segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Aqui em casa há uma bola de Natal!



Comprei-a, há anos, junto com outras iguais, porque achei graça ainda se encontrarem das antigas, de vidro ou quase, tão frágeis que, quando eu era catraio, estava proibido de nelas tocar. Imagine-se o porquê.
Das outras que comprei com esta acho que sei onde estão, guardadas numa caixa e bem protegidas, só por via de dúvidas.
Mas está aqui onde a vêem, pendurada modestamente de um prego na parede. Todo o ano.
Volta e meia vou por ela e limpo-lhe o pó, as mais das vezes mesmo com água, mas volta sempre para aqui, para o seu modesto preguinho.
Nesta época do ano continua lá, solitária como em todo os demais meses, de Janeiro a Dezembro. É o único enfeite de Natal que por aqui se exibe e está ali o tempo todo, debaixo dos meus olhos.
Serve ela, inalterada decoração natalícia, para me recordar que o natal não é apenas uma quadra de quinze dias de boas vontades, músicas e doçarias apropriadas.
O Natal, aqui por casa, é o ano todo, com o que de bom ou de mau possa ter.
Que não apenas é uma atitude que se deve manter, como não aceito que seja um calendário que me imponha quando devo ser isto ou aquilo, eximindo-me de o ser no resto do tempo.
O Natal, aqui, é 365 dias de seguida, nos anos comuns.

Quanto ao resto, e porque parece ser o que deve ser dito por estes dias, bom Natal para os que isto lerem. E para os outros também.

By me

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