quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A memória



A memória, por vezes, prega-nos partidas.
Saio de casa, nem tarde nem cedo. A tempo de cumprir os meus horários laborais, felizmente fora das chamadas “horas de ponta”.
Cá fora, o tempo não está nem bom nem mau. Céu limpo, sol intenso já, avisando do calor que se fará sentir.
Mas só o sol, que o ar ainda não aqueceu. E as sombras são frescas.
E foi nesse contraste de luz e temperatura (o sol ainda baixo, o ar fresco mas a luz bem quente já) que dei um salto no espaço e tempo.
Isso e o ver um bando de pombos, à sombra de um arbusto, a debenicar o chão como costumam.
De súbito, senti-me a uns 1200 Km, em Barcelona, onde o ar da noite e madrugada é fresco, o sol percorre um arco bem mais baixo que em Lisboa, e, quando lá em cima e de verão, é impiedoso.
E recordei-me o que é ou foi o sair do alojamento ainda pela fresca para conseguir chegar ao destino a visitar antes que a força do calor chegue.


Acho que estou a precisar de carregar baterias por lá, não apenas com as ruas, pedras e gentes, mas com galerias e museus, trazendo de volta outras formas de ver e sentir.

By me 

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