sexta-feira, 30 de março de 2018

Urbanidades




Já foi uma loja de fotografia.
Retratos e fotografias de passe, minilab, películas, câmaras e acessórios.
Apesar de ser uma “loja de bairro”, tinha artigos de fabricantes menos comuns por cá, o que a tornava competitiva com muitas outras igualmente de bairro.
Nos meus deambulares pela cidade, esta fazia parte do roteiro nesta zona, que nunca sabia o que por poderia vir a encontrar.
Fechou. Há muito tempo.
E esteve anos assim, ao abandono, acumulando pó dentro e fora, com as grades de lagarto sempre fechadas.
Tropeço agora nela assim transformada.
Não é nem bom nem mau. É a evolução, a transformação da cidade, a imposição dos grandes contra os pequenos espaços comerciais.
A cidade é viva e pulsa, com as suas idiossincrasias e modernidades.
Pena é que, no processo de evolução, parte da sua alma também se perca, como o comércio de proximidade, de bairro. E que os artigos alternativos escasseiem.



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