Continuo sem perceber porque é que um atentado político está
a provocar tanta histeria internacional, com consequências não previsíveis.
Em primeiro lugar trata-se de um espião. E é sabido que os
espiões arriscam a vida, seja qual for o lado para que trabalhem. Pior: o
destino dado aos espiões raramente é público ou judicialmente publicitado.
Em segundo lugar, ainda não encontrei nenhuma prova irrefutável
da sua autoria. O mais que li foi algo como “é altamente provável” ou “fortes
indícios”. Qualquer tribunal manda um réu em liberdade se a acusação se ficar
por estas afirmações.
Em terceiro lugar, parece esta atitude por parte do Reino
Unido uma forma de afirmação no cenário internacional, contrapondo à sua saída
da União Europeia. O “apelo às armas” em torno deste atentado mais parece um “contar
espingardas” político interno e externo que uma retaliação perante um crime
político internacional com autoria inquestionável. Principalmente quando o “Brexit”
é questionado internamente e a união do Reino Unido está posta em causa. Nada
de novo, a técnica de criar “inimigos públicos” como cortina de fumo em torno
de assuntos domésticos incómodos.
Claro que é politicamente incorrecto afirmar isto. Corre-se
mesmo o risco de ser apelidado de traidor e tombar vítima de um qualquer “acidente”
ou respirar um qualquer gás venenoso. Tal como um espião duplo.
By me
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