Uma simples olhada nos motores de busca ou nas redes
sociais, ou mesmo nos sites turísticos, e veremos grandes quantidades de referências
a “belos locais para fotografar”.
Com sorte, ou com falta dela, encontraremos também
indicações de eventos onde “pode fazer excelentes fotografias”.
Faltará a indicação de que nesses locais ou eventos estarão
especialistas a dizerem-lhe para onde apontar, como regular a exposição e em
que momento deve premir o botão do obturador.
A criatividade, a relação emocional entre o fotógrafo e o
assunto, o domínio técnico e estético de quem fotografa é de pouca monta.
Importa, antes sim, é regressar de lá com algo no seu telemóvel
ou câmara fotográfica que ateste o “saber fazer” e que testemunhe que esteve
lá. E que sirva para exibir a parentes e amigos.
Sugiro a estes hipotéticos “fotógrafos”, em alternativa, o
recurso a algo bem antigo: o postal ilustrado. As condições de luz são
excelentes, o momento exacto, a perspectiva a melhor, a qualidade de impressão
muito boa.
E sempre se evita o trabalho de carregar a tralha, mesmo que
no bolso.
Bastará depois fotografar o postal, mesmo que com o telemóvel
ou com o scanner, e enviá-lo para as redes sociais.
Infelizmente esta não é questão nova.
Recordo ter lido que em certos locais nos EUA existiriam
sinais equivalentes a este, fictício, indicando ser o spot correcto “para mais
tarde recordar”. Com o óbvio patrocínio de uma conhecida marca de película e
câmaras “point and shot”.
By me
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