Porque é que
chegámos ao ponto em que chegámos, tanto na questão económica quanto no que
respeita ao respeito que as instituições governamentais têm pelos cidadãos?
Fácil!
Porque, ao longo
dos tempos, temos passado carta branca a entidades privadas (partidos) para
que, supostamente em nosso nome, decidam por nós.
E, ao passarmos
essa carta branca, não apenas nos desligamos da gestão do país, como
autorizamos que as decisões sejam tomadas e executadas à revelia da vontade do
povo. O tal povo que lhes deu carta branca.
Quando os
representantes do povo não deverem mais obediência ao seu partido que a quem os
elegeu;
Quando dos
cidadãos realmente se interessarem pelos actos que os seus representantes vão
fazendo, fiscalizando-os e questionando-os directamente e não apenas e
ficticiamente de quatro em quatro anos;
Quando os eleitos
possam ser responsabilizados pela lei por má gestão da coisa pública…
Nesse dia não
estaremos no fundo de um buraco com políticos a olhar para nós mas no rebordo
do buraco a olhar para o fundo.
Até lá, até a
democracia estar – de facto – nas mãos do povo, teremos que a tomar nas mãos e
pensarmos que leis e decisões que não reflectem a vontade soberana do povo são
más leis. E que, como tal, para além de terem que ser alteradas, não lhes
devemos obediência.
By me
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