domingo, 19 de novembro de 2017

Rumos



Porque é que chegámos ao ponto em que chegámos, tanto na questão económica quanto no que respeita ao respeito que as instituições governamentais têm pelos cidadãos? Fácil!
Porque, ao longo dos tempos, temos passado carta branca a entidades privadas (partidos) para que, supostamente em nosso nome, decidam por nós.
E, ao passarmos essa carta branca, não apenas nos desligamos da gestão do país, como autorizamos que as decisões sejam tomadas e executadas à revelia da vontade do povo. O tal povo que lhes deu carta branca.
Quando os representantes do povo não deverem mais obediência ao seu partido que a quem os elegeu;
Quando dos cidadãos realmente se interessarem pelos actos que os seus representantes vão fazendo, fiscalizando-os e questionando-os directamente e não apenas e ficticiamente de quatro em quatro anos;
Quando os eleitos possam ser responsabilizados pela lei por má gestão da coisa pública…
Nesse dia não estaremos no fundo de um buraco com políticos a olhar para nós mas no rebordo do buraco a olhar para o fundo.


Até lá, até a democracia estar – de facto – nas mãos do povo, teremos que a tomar nas mãos e pensarmos que leis e decisões que não reflectem a vontade soberana do povo são más leis. E que, como tal, para além de terem que ser alteradas, não lhes devemos obediência.

By me

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