quarta-feira, 12 de julho de 2017

“Tou xim! É p’ra mim!”



Quem ainda se lembra desta fabulosa tirada de um excelente anúncio televisivo?
Poucos, provavelmente. E, no entanto, marcou o início de algo que veio mudar, radicalmente, as vidas dos portugueses, citadinos ou nem isso. Refiro-me à introdução nos hábitos quotidianos do uso dos telefones celulares, também conhecidos por telemóveis ou, minimalisticamente, por telelé.
E esta alteração de hábitos foi tão profunda, tão generalizada, que se tornou num “case study” de como um país, nem por isso muito desenvolvido, se tornou em pouco tempo um dos maiores consumidores “per capita”desta tecnologia. Ao que julgo saber, apenas ultrapassados por Israel, aqui por outros motivos, que se prendem com a sua história distante e com a sua história actual.
Em qualquer dos casos, era normal antes desta inovação, ver os telefones públicos ocupados nas horas de ponta, por vezes até com fila de espera, com gente por perto a pedir trocos. Aliás, uma inovação a que muitos aderiram no uso destes aparelhos públicos foi o “credifone”, uma espécie de cartão de crédito, pré-pago, que obstava à falta de moedas e, ao mesmo tempo, acabava por aumentar o tempo que se estava à conversa, para gáudio e aumento de lucros dos então TLP, agora PT.

Mas o cúmulo do caricato foi o eu ter estado à espera, para conseguir fazer esta imagem sem gente em campo, que duas velhotas acabassem o telefonema que faziam aqui mesmo… a partir de um telemóvel. Velhos hábitos adaptados!

By me

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