Foi um destes
dias.
Estávamos para
entrar numa exposição, incomum e num local emblemático de Lisboa, e constato
que no chão havia pontas de cigarro.
Uma meia centena,
talvez mais, à esquerda, à direita, em frente da porta. Algumas, poucas, com
aspecto de terem sido propositadamente pisadas para as apagar, a maioria apenas
ali caídas, ardidas até se apagarem.
Estranhei e
procurei com os olhos aquilo que ali deveria estar para obstar a tal espectáculo.
Não havia.
Nem amovível nem
solidamente colocado no solo, não se via nenhum cinzeiro. Nem ali, junto à
porta daquela exposição bem publicitada, nem em qualquer outro lugar. Coisa nenhuma
até onde a vista alcançava.
Pergunto-me se os
promotores da exposição, que bem cobraram por cada visitante, ou os gestores do
espaço, que bem receberam pela sua cedência a quem organizou o evento, não
poderiam ter por ali algum receptáculo, mesmo que corriqueiro e pouco atraente,
que evitasse aquele lixo público.
Que certo é haver
fumadores, que certo é não ser permitido fumar no interior de exposições, que
certo é que há que deixar as pontas de cigarro nalgum local.
Infelizmente, as
nossas pontas de cigarro ficaram ali, no chão, a fazer companhia a todas as
outras que lá jaziam.
By me
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