Fica a pergunta:
O que vai
acontecer a Lisboa quando os fluxos turísticos migrarem para outras zonas
porque nos bairros típicos só se encontram turistas? Porque as lojas do centro
da cidade estão vocacionadas para recordações e comércio de luxo? Porque no
lugar de habitações só se encontram alojamentos temporários?
O turismo, negócio
rentável, tem que ser gerido a longo prazo, mantendo os factores que atraem e
impedindo o excesso de oferta. Para que o negócio não morra e continue a funcionar.
Quem hoje se
passear no centro da cidade de Lisboa já começa a ter dificuldade em ouvir
falar português. Quem hoje entra numa loja é atendido primeiramente numa outra língua
que não a nossa. Quem hoje se senta numa esplanada recebe uma ementa que, com
sorte, contém algo escrito que entendamos.
De tanto querermos
enriquecer com o turismo, afastamos os nativos para a periferia, restando o
muito endinheirados a residir nos condomínios de luxo.
Mais ainda: quem
procurar comprar uma casa no centro, uma das características que é fornecida é
a idade avançada dos eventuais locatários, com o fito de mostrar que estão em
vias de morrer e o imóvel ficará livre para especulação.
Ver a zona nobre
da cidade repleta de lojas fechadas ou, em alternativa, de recordações ou
franshisings é confrangedor.
Ainda se, ao
menos, os gestores da coisa pública olhassem para o que acontece em outras
cidades de outros países…
E quando o médio
oriente se pacificar e for alternativa economicamente concorrencial?
By me
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