Foi aprovada a lei
que proíbe transacções em dinheiro vivo acima de três mil euros.
Para além desse
valor terá que ser usado qualquer outro meio de pagamento como cheque ou
transferência bancária.
Esta lei, cheia de
bondade, é agora criada para promover a transparência económica, fugas ao fisco
e obstar a corrupções e lavagens de dinheiro ilícitas.
No entanto…
No entanto esta
lei obriga a que os cidadãos tenham uma conta bancária. Por outras palavras,
esta lei obriga a que os cidadãos tenham um contrato com terceiros para fazerem
a sua vida. Terceiros esses que têm lucro com esses contratos.
Imaginemos, por
exemplo, que eu vou poupando do meu salário (como se isso fosse possível nos
tempos que correm!) e que ao fim de três ou quatro anos consigo o suficiente
para comprar uma câmara fotográfica boa. Ou um carro usado em condições. Ou
umas férias. Ou uma remodelação da casa.
Porque raio tenho
eu que comunicar a uma entidade terceira que o faço? Porque raio tem uma
entidade privada que ficar com os registos de tal transacção? Porque raio tem uma
empresa que lucrar com as minhas poupanças se nada faz nesse sentido? Porque
raio tenho que dizer ao mundo e a privados que comi salsicha no lugar de costeleta
durante três anos para ir de férias?
O mundo em que
vivemos está gradual mas firmemente a acabar com a privacidade dos cidadãos e a
transformar os bancos em, mais que fiscais, chulos do trabalho e esforço de
cada um.
E o totalitarismo
securitário tanto acontece à direita como à esquerda ou ao centro. O desejo de
dominar, controlar, mandar nos cidadãos é terrível, venha de onde vier.
By me
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