A fotografia tem
uns anitos e o texto também.
Mas é tão verdade
hoje quanto o era então, quando o escrevi.
Para o
contextualizar, à época eu fazia o papel de fotógrafo à-lá-minuta no jardim da
Estrela, oferecendo as fotografias que me pediam para fazer.
Foi um projecto
que durou três anos, com pouco mais de mil e duzentas imagens assim feita.
“Difícil mesmo é
fazer com que as pessoas entendam que há coisas na vida que se fazem pelo
prazer de as fazer. Tão só e apenas pelo prazer!
Que todo o resto
que lhe possa estar associado pode ser secundário. E que não tem que ser,
obrigatoriamente, por dinheiro.
No Jardim da
Estrela perguntam-me porque ofereço as fotografias.
Encenando um
pouco, acabo por dizer que se trata de um estudo sobre fotografia e, se
insistirem muito, atiro-lhes com um ou dois nomes pomposos, acabados em –gia. E
acrescento que não vivo daquilo, quando não já teria morrido de fome.
Houve mesmo quem
me perguntasse em que universidade estava a fazer o mestrado ou doutoramento,
para ali estar, assim, a fazer aquilo para estudar.
Há quem não
entenda que o “saber” pode ser um prazer e que a aprendizagem também o é. E que
se juntarmos a isso um outro prazer, no caso a fotografia, então as coisas
acontecem pelo prazer, tão só e apenas pelo prazer.”
By me
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