sábado, 25 de outubro de 2008

Sapato na linha


Estar numa estação de caminho de ferro à espera do que há-de chegar é um exercício de paciência. Que pratico com a mesma regularidade com que o meu emprego espera que eu tenha para com ele.
Mas os minutos de impaciência podem ser sempre amenizados com o que nos cerca. Que nem sempre é o que mais nos pode agradar.
Se se tratar de pessoas, estas não estão muito a fim de serem observadas com intensidade por um tipo com ar de suspeito. Não sabem muito bem de quê, mas suspeito até nova indicação.
Sobra assim a linha propriamente dita. E esta é rica em surpresas todos dias. Por que o que por lá se pode ver é de uma heterogeneidade atroz e não creio que haja algum tipo de artigo que por lá não conste, mais aqui ou mais ali.
Desta feita foi um sapato!
Olhando para ele, solitário sem o seu par, meio amassado sabe-se lá por que objecto pesado, muito podemos imaginar da sua história recente, bem como a da dona e de como ela ficou ao ficar sem ele.
Mas hoje não irei encher o vosso olhar leitor com o que eu mesmo imagino em torno desta imagem. Deixo isso ao vosso critério, partilhem-no ou não connosco.


Texto e imagem: by me


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