Oiço a meteorologia fazer as suas previsões. Queira ou não queira, tenho que a ouvir, que faz parte integrante do programa que transmito.
E o técnico que de tal assunto fala, detalhando o que antevê para as diferentes zonas e cidades, generaliza perante as chuvas e redução dos valores da temperatura:
“São condições adversas que aí vêm para os próximos dias.”
E a questão que se põe (ou eu ponho) perante tal afirmação, é simples: “adversas?”
Para mim, enquanto fotógrafo, a chuva não é o que há de melhor, de facto. A existência de céu encoberto, com a sua luz difusa, obsta a que existam sombras que definam volumes e linhas; impede a chegada da radiação solar total, reduzindo a saturação das cores; a ausência de céu azul negativiza os humores humanos.
Mais, não tendo eu câmaras à prova de água, tenho que ter cuidados redobrados com a sua conservação, evitando as intempéries directas e revendo-o e limpando-o em regressando a local propício.
Mas, como cidadão comum e citadino, também o tempo invernoso ou a chuva poderão não ser do meu agrado. As roupas mais pesadas, o uso de guarda-chuva e outros protectores, os limites às deslocações fora de abrigo…
De facto, o tempo de chuva não é dos mais agradáveis para os urbanos! Mas daí a chamarem-lhe “Adverso”!...
É que há parte da espécie humana, ainda que venha a diminuir a olhos vistos, que agradece a chuva. Mais forte ainda, que faz rezas e promessas para que venha. Refiro-me, naturalmente, a quem vive da agricultura, que sem água a terra é bem mais difícil de trabalhar e que rende muito menos. Em casos de falta extrema, não rende mesmo nada!
E se os que cultivam a terra gostam que venha a chuva, em sendo tempo dela, os que vivem do gado não lhes ficam atrás. As pastagens abundantes e verdejantes são um regalo e, com elas, há mais carne e leite, que estes não vêm do super-mercado.
Mesmo os citadinos, que não gostam da água que tomba dos céus, já gostam de a ter na torneira quando o calor aperta. E esta só lá está se chover e alimentar os lençóis freáticos, nascentes e albufeiras. Tal como gostam, admitam-no ou não, que os preços dos alimentos não subam por via de seca nos campos.
E mesmo para mim, enquanto fotógrafo, a chuva é útil!
Desde logo porque, quando pára, o ar fica mais límpido, que as poeiras em suspensão foram levadas pela água; em seguida, porque as cores dos objectos mudam quando molhadas ou mesmo saturadas de água, sendo que algumas melhoram assim; passando pelas paisagens campestres, que a fauna e flora exultam quando há água, ficando tudo bem mais vivo e “fotografável”.
Por fim, mas não menos importante, porque as superfícies molhadas ou encharcadas permitem reflexos, perspectivas e composições que, podendo não ser extraordinários, sempre serão diferentes na forma como vemos e captamos a luz. E é isso que os fotógrafos fazem!
Assim: as previsões de chuva indicam “condições adversas”?
Eu diria que são tão adversas quanto a sua ausência. É que, para além de fazer parte da natureza, a chuva pode ser um factor determinante no nosso futuro, a curto ou médio prazo!
Além do mais, o truque para se viver com satisfação passa por encontrarmos soluções, materiais, intelectuais ou emotivas, para a chamada “adversidade”. E transforma-la em utilitária ou proveitosa.
Como diria a minha avó, com a sua sabedoria, “ Viver não custa, custa é saber viver!”
Texto e imagem: by me
E o técnico que de tal assunto fala, detalhando o que antevê para as diferentes zonas e cidades, generaliza perante as chuvas e redução dos valores da temperatura:
“São condições adversas que aí vêm para os próximos dias.”
E a questão que se põe (ou eu ponho) perante tal afirmação, é simples: “adversas?”
Para mim, enquanto fotógrafo, a chuva não é o que há de melhor, de facto. A existência de céu encoberto, com a sua luz difusa, obsta a que existam sombras que definam volumes e linhas; impede a chegada da radiação solar total, reduzindo a saturação das cores; a ausência de céu azul negativiza os humores humanos.
Mais, não tendo eu câmaras à prova de água, tenho que ter cuidados redobrados com a sua conservação, evitando as intempéries directas e revendo-o e limpando-o em regressando a local propício.
Mas, como cidadão comum e citadino, também o tempo invernoso ou a chuva poderão não ser do meu agrado. As roupas mais pesadas, o uso de guarda-chuva e outros protectores, os limites às deslocações fora de abrigo…
De facto, o tempo de chuva não é dos mais agradáveis para os urbanos! Mas daí a chamarem-lhe “Adverso”!...
É que há parte da espécie humana, ainda que venha a diminuir a olhos vistos, que agradece a chuva. Mais forte ainda, que faz rezas e promessas para que venha. Refiro-me, naturalmente, a quem vive da agricultura, que sem água a terra é bem mais difícil de trabalhar e que rende muito menos. Em casos de falta extrema, não rende mesmo nada!
E se os que cultivam a terra gostam que venha a chuva, em sendo tempo dela, os que vivem do gado não lhes ficam atrás. As pastagens abundantes e verdejantes são um regalo e, com elas, há mais carne e leite, que estes não vêm do super-mercado.
Mesmo os citadinos, que não gostam da água que tomba dos céus, já gostam de a ter na torneira quando o calor aperta. E esta só lá está se chover e alimentar os lençóis freáticos, nascentes e albufeiras. Tal como gostam, admitam-no ou não, que os preços dos alimentos não subam por via de seca nos campos.
E mesmo para mim, enquanto fotógrafo, a chuva é útil!
Desde logo porque, quando pára, o ar fica mais límpido, que as poeiras em suspensão foram levadas pela água; em seguida, porque as cores dos objectos mudam quando molhadas ou mesmo saturadas de água, sendo que algumas melhoram assim; passando pelas paisagens campestres, que a fauna e flora exultam quando há água, ficando tudo bem mais vivo e “fotografável”.
Por fim, mas não menos importante, porque as superfícies molhadas ou encharcadas permitem reflexos, perspectivas e composições que, podendo não ser extraordinários, sempre serão diferentes na forma como vemos e captamos a luz. E é isso que os fotógrafos fazem!
Assim: as previsões de chuva indicam “condições adversas”?
Eu diria que são tão adversas quanto a sua ausência. É que, para além de fazer parte da natureza, a chuva pode ser um factor determinante no nosso futuro, a curto ou médio prazo!
Além do mais, o truque para se viver com satisfação passa por encontrarmos soluções, materiais, intelectuais ou emotivas, para a chamada “adversidade”. E transforma-la em utilitária ou proveitosa.
Como diria a minha avó, com a sua sabedoria, “ Viver não custa, custa é saber viver!”
Texto e imagem: by me
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