Não ando dentro da lei nem à margem dela. Prefiro mesmo ignorar a sua existência, já que o simples facto de haver lei implica o espartilho de quem queira pensar ou agir diferentemente.
Em qualquer dos casos, quem quer que me conheça um pouco sabe que, em regra, não ajo muito fora dela. Pelo menos não mais que o comum dos cidadãos e naquilo que é público.
Isto não implica, no entanto, que não conheça quem ande fora dela, assumidamente. Alguns a quem se pode chamar de criminosos, outros que andam lá perto. E é fantástico o constatar o que se consegue obter (bens ou serviços) conhecendo as pessoas certas e fornecendo o incentivo adequado. Que nem sempre se traduz em dinheiro, entenda-se! E estamos, ou estou, sempre a descobrir novos contactos em áreas cinzentas ou mesmo negras.
Um destes dias dei com um colega com “baixo astral”. Eu diria mesmo que estava “mais por baixo que barriga de jacaré”! Tratava-se de questões de trabalho e, em parte, a razão assistia-lhe.
Depois de ventilarmos o problema, propus-lhe umas risadas, que aceitou. E levei-o a ver parte do espaço que ocupo na web, em particular o “Wheelsversuslegs”, onde exibo fotografias das viaturas que me obrigam a desviar para o asfalto por estarem estacionadas nas zonas reservadas a peões. E onde ponho em evidência a matricula e cito o local e a data. Afinal, para mais alguma coisa há-de servir a câmara fotográfica que também faz chamadas telefónicas!
A dado passo, à medida que ia vendo os carros ali exibidos, exclama:
“Eh pah! Este é da bófia!”
“Como assim?”, perguntei.
“É da bófia e da secção de combate ao narcotráfico! Nós, lá no bairro, conhecemo-los bem, pelos modelos e matriculas. Nenhum deles consegue lá entrar sem que toda a gente o saiba.”
Este meu companheiro não reside no meu bairro. Em boa verdade, não sei onde mora, mas sei que não é lá para as minhas bandas.
Seja como for, fiquei a conhecer esta outra faceta de quem comigo partilha quase metade do dia. Do que sabe, do que faz e de com quem convive.
Qual é a matricula e o modelo? Não estão à espera, certamente, que aqui o diga. Ou mesmo que confirme ou desminta tê-la já apagado do referido blog. Ou sequer que esta imagem a ele se refira!
Não sou um seguidor da lei nem um defensor de viver à sua margem. Mas se temos que viver com ela e com quem dela se afasta, então é de bom tom manter um relacionamento saudável com ambas as partes, tentando disso tirar o proveito possível. Que nunca se sabe se, um dia, terei que procurar um refúgio, algures no interior de um bairro que desconheço.
Texto e imagem: by me
Em qualquer dos casos, quem quer que me conheça um pouco sabe que, em regra, não ajo muito fora dela. Pelo menos não mais que o comum dos cidadãos e naquilo que é público.
Isto não implica, no entanto, que não conheça quem ande fora dela, assumidamente. Alguns a quem se pode chamar de criminosos, outros que andam lá perto. E é fantástico o constatar o que se consegue obter (bens ou serviços) conhecendo as pessoas certas e fornecendo o incentivo adequado. Que nem sempre se traduz em dinheiro, entenda-se! E estamos, ou estou, sempre a descobrir novos contactos em áreas cinzentas ou mesmo negras.
Um destes dias dei com um colega com “baixo astral”. Eu diria mesmo que estava “mais por baixo que barriga de jacaré”! Tratava-se de questões de trabalho e, em parte, a razão assistia-lhe.
Depois de ventilarmos o problema, propus-lhe umas risadas, que aceitou. E levei-o a ver parte do espaço que ocupo na web, em particular o “Wheelsversuslegs”, onde exibo fotografias das viaturas que me obrigam a desviar para o asfalto por estarem estacionadas nas zonas reservadas a peões. E onde ponho em evidência a matricula e cito o local e a data. Afinal, para mais alguma coisa há-de servir a câmara fotográfica que também faz chamadas telefónicas!
A dado passo, à medida que ia vendo os carros ali exibidos, exclama:
“Eh pah! Este é da bófia!”
“Como assim?”, perguntei.
“É da bófia e da secção de combate ao narcotráfico! Nós, lá no bairro, conhecemo-los bem, pelos modelos e matriculas. Nenhum deles consegue lá entrar sem que toda a gente o saiba.”
Este meu companheiro não reside no meu bairro. Em boa verdade, não sei onde mora, mas sei que não é lá para as minhas bandas.
Seja como for, fiquei a conhecer esta outra faceta de quem comigo partilha quase metade do dia. Do que sabe, do que faz e de com quem convive.
Qual é a matricula e o modelo? Não estão à espera, certamente, que aqui o diga. Ou mesmo que confirme ou desminta tê-la já apagado do referido blog. Ou sequer que esta imagem a ele se refira!
Não sou um seguidor da lei nem um defensor de viver à sua margem. Mas se temos que viver com ela e com quem dela se afasta, então é de bom tom manter um relacionamento saudável com ambas as partes, tentando disso tirar o proveito possível. Que nunca se sabe se, um dia, terei que procurar um refúgio, algures no interior de um bairro que desconheço.
Texto e imagem: by me
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