segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Livros




Em regra tenho três livros entre mãos: um na minha mochila do quotidiano, para ir lendo aos poucos em comboios e autocarros; um outro (por vezes dois) que me servem de pausa ao computador ou das voltas da câmara e das luzes por uma dou duas horas; um terceiro na mesa de cabeceira.

Anteontem terminei o que lá tinha.

Ontem, sabendo-o lido, guardei-o e fui procurar outro aqui em casa. Desta feita queria algo com mais conteúdo que um romance ou novela. E fui em busca de um dos que herdei de meu pai, que tinha interesses semelhantes aos meus. Ou o inverso, como preferirem. Caiu o meu olhar neste.

Soube-o publicado em 1983, o que lhe poderá dar algum toque de “desactualizado”, considerando a evolução do pensamento. Mas conhecer um pouco dos pensamentos que deram origem aos actuais é algo que faz sentido e consolida o que conhecemos. Tirei-o da estante.

Já aconchegado na cama, comecei pelo princípio, que um é bom local de início de qualquer coisa, livros incluídos. Dou com estas duas frases solitárias na primeira página:

 

“O homem que medita é um animal depravado” – Rousseau

“O que perturba e alarma o homem não são as coisas, mas as suas opiniões e fantasias acerca das coisas” – Epicteto

 

Mais não li! O alcance destas duas frases é de tal forma grande que a minha mente de imediato começou a vogar por mares conhecidos e desconhecidos, misturando vivências e imagens mentais de tal modo que uma hora depois continuava acordado, com o livro aberto na cama, ao lado da almofada.

Conto hoje cancelar-me e deixar-me levar pelos caminhos que o autor decidiu percorrer. Pelo menos até apagar a luz.

 

Pentax K1 mkII, Pentax-M macro 50 1:4


By me

Sem comentários: