Gosto de adquirir artigos
usados presencialmente, mesmo que anunciados na web.
Confronto o interesse no
artigo, o aparente estado de conservação e a minha disponibilidade económica e
se as três linhas coincidirem algures num ponto combino um encontro.
Neste, e para além da
certeza sobre o artigo e o seu estado, tenho a vantagem de poder conversar com
quem vende. Fico a saber um pouco sobre o seu relacionamento com a fotografia e
a história daquele artigo. Foi o caso.
Este visor em ângulo recto
estava anunciado e com uma localização a que eu podia aceder. O preço era
particularmente bom e, apesar de já ter um, este é anterior, com
características diferentes. E, nas primeiras Pentax, o modelo actual não
funciona e vice versa. Encontrámo-nos.
Em estado impecável, incluindo
o estojo e a embalagem original, fiquei a saber que terá sido comprado por uma
senhora, agora com mais de 80 anos, algures nos inícios dos anos ’70, ou no
Japão ou numa das colónias africanas portuguesas, pois ela viveu por lá.
Mais tarde ofereceu-o,
junto com três filtros Pentax (com os quais também fiquei) a uma amiga, mãe de
quem estava a vender o conjunto.
Para além destes factos, é
interessante perceber como estes itens atravessaram três continentes e três
gerações e que chegam agora ao século XXI em tão bom estado de conservação. Praticamente
novos. Naqueles tempos o equipamento fotográfico não apenas era caro como era
algo para ser conservado por quem lhe tinha estima.
Sobre grande parte das
peças que possuo tenho uma história. Ou porque vivida em primeira mão ou porque
me a contaram. E das que me foram contadas, de algumas tenho dúvidas da sua
veracidade. Ou porque inventadas para facilitar o negócio e inflacionar o preço
ou para ocultar uma origem mais obscura.
Em qualquer dos casos,
todas essas histórias dão um sabor especial ao que tenho aqui por casa.
Pentax K1 mkII, Tamron SP Adaptall2 90mm 1:2,5
By me
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