terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Equivalências




Aparentemente pesa sobre Miguel Arruda, deputado à Assembleia da República pelo partido Chega, a suspeita de ter furtado malas nos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada.

Para poder ser interrogado e, eventualmente, julgado terá que ser levantada a imunidade parlamentar que o protege.

Mas não deve este deputado açoreano ter receios. A menos que existam dois pesos e duas medidas, o seu futuro político está assegurado.

Como precedente, veja-se o que sucedeu com Ricardo Rodrigues, então deputado à Assembleia da República pelo Partido Socialista, acusado de ter furtado dois gravadores de som durante uma entrevista a um jornal e sob o olhar irrefutavel da câmara de vídeo desse jornal. Três anos depois e passada que foi a agitação mediática e política, regressou à terra natal e foi eleito por duas vezes presidente da câmara de Vila Franca do Campo.

O problema não está na integridade dos políticos: está na parvoeira de quem os elege.


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