quinta-feira, 14 de maio de 2009

Da teoria à prática, de novo


Vou tornar a insistir na mesma tecla, por muito desafinada que possa parecer perante o diapasão do senso comum. Mais não é que uma opinião ou conjectura e não vai beber em nenhum movimento apocalíptico ou anti-ordem É apenas fruto da junção de meia dúzia de factos do conhecimento público. Como qualquer outra teoria, é argumentavel em seu favor ou contra.

Não creio que este vírus de gripe que ameaça o bicho homem tenha surgido casualmente.
Começando pela oportunidade temporal, acontece numa altura em que o comum do cidadão questiona seriamente o sistema económico vigente, pondo em causa bancos e governantes, empresas e organizações.
E todos sabemos que entre saúde e bem-estar e dinheiro e o que ele representa, a esmagadora maioria das pessoas preferem a primeira. “Haja saúde que o resto se verá!”
Pondere-se ainda a localização do foco inicial: o México. O local certo para ameaçar as sociedades do chamado “mundo ocidental”, já que se trata de um pólo turístico mundial, a preços relativamente acessíveis e com visitantes oriundos de todos os continentes. É assim fácil que uma doença altamente transmissível entre humanos se dissemine pelos quatro cantos do mundo. Ou fazer crer em tal.
Por outro lado o México, não sendo um país terceiro mundista, está logo ali ao lado do gigante USA, com as suas fronteiras permeáveis, como sabemos. Suficientemente perto para assustar o cidadão comum ali residente. E, se algo como uma pandemia atingisse os EUA, que pensariam os residentes noutros países?
Por outro lado ainda, que impacto teria nos media mundiais se tal vírus surgisse num país como o Butão, ou o Uruguai ou o Zaire? Ou ainda numa qualquer ilha do Pacífico? Países com pouco peso na economia mundial e com pouco tráfego transfronteiriço e, em regra, afastados dos media e do comum do cidadão.
Acrescente-se que, no México se tem vivido recentemente fortes perturbações sociais advindas da luta contra o narcotráfico e entre quem o quer dominar. As medidas tomadas para diminuir os eventuais contágios fizeram fechar o país e afastar as aglomerações de cidadãos, chegando mesmo a ser possível o tomar de medidas restritivas à livre circulação que, de outra forma, dificilmente seriam aceites.
Falta acrescentar aqui um ponto: o haver cientistas que defendem que este vírus não surgiu naturalmente, fruto de uma qualquer evolução natural, mas antes que é a consequência de trabalho de laboratório. Esta afirmação, bombástica diga-se, tem sido levada a sério por quem se preocupa com esta questão, tão levada a sério que está a ser investigada pela OMS e outros cientistas no mundo.

Entenda-se que, com a construção desta teoria, não estou a apontar o dedo a ninguém em particular. Ou a nenhuma organização maquiavélica em particular.
Mas, se por um lado, tenho dificuldade em aceitar coincidências incómodas, por outro não posso esquecer que o conceito de “terrorismo” não é exclusivo de movimentos como o IRA, a ETA, a Al Qaeda ou semelhantes. Nem tem que ser oriundo de organizações ditas ilegais e objecto de repressão por parte de governos.
Aliás, sabemos da história do ultimo século, que o terrorismo tem sido usado por diversas formas por diversos governos e organizações para a obtenção de resultados em estratégias globais ou locais. Lembre-se a questão do “espaço vital”, das faixas de segurança e das armas de destruição massiva. E de como estes conceitos permitiram e permitem ainda, de uma ou outra forma, controlar populações inteiras, nem sempre pelos meios mais pacíficos.

Espero, do fundo do coração, que esta teoria mais não seja que o fruto de uma imaginação fértil e que, a breve trecho, se constate estar completamente enganado. Mas, até agora, ainda nada me fez assim pensar!




Texto e imagem: by me

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