domingo, 27 de novembro de 2016

Perspectivas



Descobri, num artigo de jornal estrangeiro, que foi publicado um livro que me interessa.
De um autor de cujo trabalho gosto, de quem possuo alguns trabalhos e que o que dele for novidade quero conhecer.
Que é bom ler trabalhos de gente com quem concordamos e que nos acrescentam algo.
Procurei pelo livro por cá e constatei que ainda não chegou. Nem chegou a edição original, em castelhano, nem há ainda uma tradução para português.
É provável que um destes dias passe por uma livraria que cá sei e lhes encomende a obra.
No entanto…
No entanto há pouco no banho, e pensando no assunto, dei comigo a concluir que não tenho pressa alguma no livro. Aliás, que é um pouco absurdo ir em busca dele. Pelo menos do meu ponto de vista.
Que o que importa não são os autores ou pensamentos que conhecemos e concordamos. Apesar de assim parecer, ao fim de algum tempo lê-los é inútil ou, no mínimo, uma redundância.
O importante mesmo é conhecermos gente que desconhecemos, pensamentos que ainda não vislumbrámos, pontos de vista que nunca nos atrevemos a explorar e que, quiçá, sempre considerámos antagónicos.
Porque é no diferente, no desconhecido, no antagonismo saudável, que vamos mais longe e construímos algo de novo. Ficarmo-nos por aqueles com quem concordamos, que já conhecemos e que não nos surpreendem… É reconfortante, alimenta-nos o ego, mas é pouco profícuo.

Em tendo oportunidade procurarei esse novo de Joan Fontcoberta.

Até lá procurarei a diversidade do pensar e fazer.

By me 

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