Decidiu, e bem, o
governo pela inclusão da RTP3 e da RTP Memória na TDT. A partir de 1 de
Dezembro.
É uma boa decisão
e só peca por tardia.
Isto porque não
faz sentido que a estação de rádio de televisão pública produza conteúdos que só
quem tenha contratos com distribuidores de sinal possam ver.
Por outras
palavras, não faz sentido que aquilo que é público e pago por todos os cidadãos
através da contribuição audiovisual, incluída na factura da energia, esteja
restrito a apenas alguns e não acessível a todos que a pagam.
É uma boa decisão.
Já não é tão boa a
decisão governamental, inclusa no projecto de orçamento do estado para 2017,
que essa mesma contribuição do audiovisual, destinada a financiar directamente
a rádio e a televisão pública, passe a ser entregue pelas entidades que a cobram
ao estado. E só depois este, que a inclui no seu orçamento, a entrega a quem se
destina.
E já não é tão boa
a decisão porque o estado, partidarizado como é, dependente de decisões ideológicas,
pode gerir o que recebe das empresas de energia como entender: atrasar a sua
entrega ao utilizador final, cativá-lo, não pagar em nome de interesses
superiores…
Por outras
palavras, pode o governo (seja ele qual for) governamentalizar os recursos de
uma empresa pública, condicionando o seu funcionamento e futuro aos interesses
partidários de quem estiver no poder. Comprometendo a independência que se quer
total da RTP. Rádio e televisão.
Deveria o actual
governo aprender com o passado e evitar cometer erros que sabemos terem sido
quase catastróficos para a rádio e televisão pública.
A menos que haja
interesse nisso mesmo!
By me
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