E para aqueles que
estão a fazer um bicho de sete cabeças em torno da “super Lua” de hoje,
gostaria que fossem dar uma voltinha, pequena que seja, na net sobre o nosso
satélite natural, as suas órbitas e distâncias.
Saiba-se que a
distância média da Terra à Lua é de 380.000 km e que nas chamadas “super luas”
ela passa a uma distância que varia entre os 356.000 e os 358.000 km. Nada de
assustador ou monstruoso, portanto.
Mais ainda, esta
proximidade acontece três a quatro vezes por ano, todos os anos, em consequência
da sua órbita não circular em torno da Terra.
O conceito de “Super
Lua” e da sua raridade surge da observação a almanaques e dados astronómicos
previsíveis feita por jornalistas sem mais nada que fazer e que querem atrair a
atenção do seu público.
Dificilmente alguém
se aperceberá que a Lua está maior que o habitual, já que a variação é pequena.
E menos o notará se a olhar quando ela estiver acima do horizonte mais que um palmo
ou dois.
Mas em qualquer
noite de lua-cheia, se a observar quando ela sobe no horizonte, ela parecerá,
sempre, enorme. Tal como o Sol, ao nascer e pôr, parece muito maior que ao
meio-dia. Acontece isto porque a luz vinda desses corpos tem que atravessar uma
muito maior quantidade de atmosfera quando passa no horizonte que quando está
bem lá em cima. E a atmosfera faz de lupa, aumentando virtualmente aquilo que
vemos.
Por outro lado, e
com a profusão de câmaras fotográficas e o desejo de bem as usar, todos querem
fazer “aquela” fotografia “daquela” Lua em particular.
Esquecem-se (ou não
sabem) que numa imagem a duas dimensões, o tamanho aparente de algo varia em
função do tamanho com que nos é mostrado ou por comparação com o tamanho de algo
conhecido.
Posto tudo isto,
apontem lá as vossas objectivas ou apenas sentem-se a olhar a Lua esta noite.
E saibam que
existirão muitos milhares de pessoas que estarão a fazer algo de muito parecido
ao mesmo tempo.
Será assim como
que participar num mega-evento de cobertura mundial.
By me
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