segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Call the SWAT


A noite até que estava boa. Fria mas seca, o que era agradável e novidade recente. E decidi dar um passeio aqui, em redor de casa, tentando chamar o sono, que a estas horas costuma estar bem arredado, não vá atrapalhar o que é habitual estar a fazer: trabalhar.
Na rua debaixo há um simulacro de jardim. Já o foi, agora é uma zona mal amanhada, onde a catraiada vai andar de bicicleta ou jogar à bola. Se o tempo estiver bom, também por lá aparecem jovens mamãs, com bebés nos carrinhos.
Pois na ponta de um banco estava esta caixa que olhei primeiro de longe, depois num exame mais de perto com a lanterna.

Tratei de fugir!
É que armas não é comigo, mesmo que sejam de arremesso a presidentes e primeiros-ministros. E se me vissem por perto, ainda deixaria de poder exercer o meu ofício, que sou obrigado a conviver com essa gente.
Já no aconchego e calor do lar, ainda ponderei chamar a brigada de minas e armadilhas. Mas, às 11 de uma noite de Fevereiro, num bairro suburbano, nenhum poder passeia. Nem sequer pensa nele.

Espero que não passem a obrigar-nos a ir descalços a conferências de imprensa, meetings políticos e afins. É que se a moda pega, para além dos mau cheiros que por lá se encontram, acresceriam os importados.


Texto e imagem: by me

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