A história é a sucessão (ou o seu estudo) dos factos.
Do universo, do Homem, de um país ou de um ser humano.
E, não sendo possível relatar ou estudar tudo o que acontece, sem excepção, definem-se ou consideram-se os factos mais importantes ou significativos, no contexto do estudo ou relação.
A invenção da escrita, que separa a História da Pré-história, o nascimento de Cristo (ou Maomé, ou Buda, ou qualquer outra figura marcante para as fés existentes), um facto de relevo na cultura, como a invenção da imprensa, o conceito do Heliocentrismo, o a rádio.
Mas aquilo que aprendemos nos bancos da escola, e que as enciclopédias vão dando importância, são as organizações sociais como países e os seus conflitos ou guerras. Sabemos as datas das guerras, das perdas ou recuperações de independências, a ascensão ou queda de ditadores, com ou sem banhos de sangue…
Mas outras referencias importantes na história da humanidade, em que ficou bem mais pobre, são menos referidas, se alguma coisa. A destruição da biblioteca de Alexandria, a queima de livros pelos Nazis, a santa inquisição, os códices Maias, etc.
As guerras que hoje se travam ou têm travado no ultimo século têm sido tantas e tão próximas no tempo que a história dificilmente lhes dará significado de relevo. Talvez venha a referir o séc XX como o século da guerra global, abrangendo todo ou quase todo o planeta num mesmo conflito, com pausas intermédias a que, ironicamente, chamamos de “paz”.
Uma das que ainda se trava é a do Iraque, fruto de uma invasão baseada em falsos argumentos e com objectivos ainda não bem definidos. O futuro considerá-la-á como sendo mais uma no meio de muitas, bem como ao que a instigou, George W. Bush.
O que não esquecerá a história será a pilhagem do museu de arqueologia de Bagdad, onde se guardavam para estudo e conservação, artefactos daquilo a que se costuma chamar o berço da civilização. Após a invasão da cidade, as tropas ocupantes preocuparam-se bem mais com alvos e objectivos de cariz económico e vital para estratégias militares que em preservar ou conservar o que de mais valioso ali existia, para além das vidas do seus cidadãos: o museu e o seu conteúdo. Foi pilhado, encontrando-se mais de dois terços das peças que ali existiam espalhadas não se sabe onde, talvez nas mãos de coleccionadores sem escrúpulos ou mesmo destruídas e perdidas para sempre.
Leio, num jornal de hoje, que este museu planeia reabrir este mês, com o que restou da colecção, bem com outros artefactos entretanto recuperados. Honra seja feita a quem a tal se tem dedicado. Que ficarão anónimos na História, ao contrário do infame que permitiu a sua destruição.
Texto e imagem: by me
Do universo, do Homem, de um país ou de um ser humano.
E, não sendo possível relatar ou estudar tudo o que acontece, sem excepção, definem-se ou consideram-se os factos mais importantes ou significativos, no contexto do estudo ou relação.
A invenção da escrita, que separa a História da Pré-história, o nascimento de Cristo (ou Maomé, ou Buda, ou qualquer outra figura marcante para as fés existentes), um facto de relevo na cultura, como a invenção da imprensa, o conceito do Heliocentrismo, o a rádio.
Mas aquilo que aprendemos nos bancos da escola, e que as enciclopédias vão dando importância, são as organizações sociais como países e os seus conflitos ou guerras. Sabemos as datas das guerras, das perdas ou recuperações de independências, a ascensão ou queda de ditadores, com ou sem banhos de sangue…
Mas outras referencias importantes na história da humanidade, em que ficou bem mais pobre, são menos referidas, se alguma coisa. A destruição da biblioteca de Alexandria, a queima de livros pelos Nazis, a santa inquisição, os códices Maias, etc.
As guerras que hoje se travam ou têm travado no ultimo século têm sido tantas e tão próximas no tempo que a história dificilmente lhes dará significado de relevo. Talvez venha a referir o séc XX como o século da guerra global, abrangendo todo ou quase todo o planeta num mesmo conflito, com pausas intermédias a que, ironicamente, chamamos de “paz”.
Uma das que ainda se trava é a do Iraque, fruto de uma invasão baseada em falsos argumentos e com objectivos ainda não bem definidos. O futuro considerá-la-á como sendo mais uma no meio de muitas, bem como ao que a instigou, George W. Bush.
O que não esquecerá a história será a pilhagem do museu de arqueologia de Bagdad, onde se guardavam para estudo e conservação, artefactos daquilo a que se costuma chamar o berço da civilização. Após a invasão da cidade, as tropas ocupantes preocuparam-se bem mais com alvos e objectivos de cariz económico e vital para estratégias militares que em preservar ou conservar o que de mais valioso ali existia, para além das vidas do seus cidadãos: o museu e o seu conteúdo. Foi pilhado, encontrando-se mais de dois terços das peças que ali existiam espalhadas não se sabe onde, talvez nas mãos de coleccionadores sem escrúpulos ou mesmo destruídas e perdidas para sempre.
Leio, num jornal de hoje, que este museu planeia reabrir este mês, com o que restou da colecção, bem com outros artefactos entretanto recuperados. Honra seja feita a quem a tal se tem dedicado. Que ficarão anónimos na História, ao contrário do infame que permitiu a sua destruição.
Texto e imagem: by me
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