A estação do Rossio é bonita!
Não sendo emblemática da cidade de Lisboa (ou até talvez seja) é um edifício particularmente trabalhado, com arquitectura e decoração escultórica única. Para já não falar nos painéis de azulejos lindíssimos que existem na gare.
A linha de Sintra, a que esta estação serve de início ou de terminal, é a linha suburbana europeia que mais passageiros transporta diariamente. Sinais da migração dos alfacinhas, da especulação imobiliária e do envelhecimento das populações.
Das várias dezenas de milhar de passageiros que transporta, mais de metade embarca ou desembarca aqui, no seu quotidiano de labuta.
Apesar disso, a REFER - gestora das vias ferroviárias e respectivas infra-estruturas – decide encerrar o átrio principal da estação do Rossio. Que, por sinal, se intitula Estação Central, como está gravado na belíssima fachada que possui.
O encerramento, e respectivo acesso a ele por parte dos utentes, não se deve a qualquer motivo de força maior, como obras de restauro, segurança ou quejandas.
É, tão simples quanto isto, a cedência do espaço a um evento comercial. Para o lançamento mundial de uma máquina de café “expresso”.
Inofensivo, dir-se-ia, não fosse o facto de este encerramento do átrio principal acontecer numa segunda-feira e durar até à quinta-feira seguinte. Quatro dias e três noites inteirinhas. Obrigando os milhares de passageiros a usarem uma saída lateral e uma escada de mármore com menos de metade da largura habitual das portas do costume, estas já de si estreitas para o movimento em horas de ponta.
O cartaz “Pedimos desculpa pelo incómodo”, e a respectiva seta de reorientação, é simpático. Mas de boas intenções está o inferno cheio, assim como estará, espero eu, de gestores incompetentes, decisores sem alma, negociantes sem escrúpulos e publicitários demasiadamente ambiciosos.
Desejo, do fundo da minha alma, que o resultado desta actividade comercial seja um flop pelo menos tão grande quanto os incómodos causados!
Texto e imagem: by me
Não sendo emblemática da cidade de Lisboa (ou até talvez seja) é um edifício particularmente trabalhado, com arquitectura e decoração escultórica única. Para já não falar nos painéis de azulejos lindíssimos que existem na gare.
A linha de Sintra, a que esta estação serve de início ou de terminal, é a linha suburbana europeia que mais passageiros transporta diariamente. Sinais da migração dos alfacinhas, da especulação imobiliária e do envelhecimento das populações.
Das várias dezenas de milhar de passageiros que transporta, mais de metade embarca ou desembarca aqui, no seu quotidiano de labuta.
Apesar disso, a REFER - gestora das vias ferroviárias e respectivas infra-estruturas – decide encerrar o átrio principal da estação do Rossio. Que, por sinal, se intitula Estação Central, como está gravado na belíssima fachada que possui.
O encerramento, e respectivo acesso a ele por parte dos utentes, não se deve a qualquer motivo de força maior, como obras de restauro, segurança ou quejandas.
É, tão simples quanto isto, a cedência do espaço a um evento comercial. Para o lançamento mundial de uma máquina de café “expresso”.
Inofensivo, dir-se-ia, não fosse o facto de este encerramento do átrio principal acontecer numa segunda-feira e durar até à quinta-feira seguinte. Quatro dias e três noites inteirinhas. Obrigando os milhares de passageiros a usarem uma saída lateral e uma escada de mármore com menos de metade da largura habitual das portas do costume, estas já de si estreitas para o movimento em horas de ponta.
O cartaz “Pedimos desculpa pelo incómodo”, e a respectiva seta de reorientação, é simpático. Mas de boas intenções está o inferno cheio, assim como estará, espero eu, de gestores incompetentes, decisores sem alma, negociantes sem escrúpulos e publicitários demasiadamente ambiciosos.
Desejo, do fundo da minha alma, que o resultado desta actividade comercial seja um flop pelo menos tão grande quanto os incómodos causados!
Texto e imagem: by me
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