Quando vou a uma palestra,
a um encontro, a um debate, a uma exposição... vou sempre para aprender algo
mais, muito ou pouco, pouco importa.
Quero sempre alargar os
meus horizontes e os saberes, experiências e práticas dos outros são um
manancial.
Mas há um campo que falha
sempre, sobre o qual regresso como entrei, ou quase: o que é que acontece em
termos de fotografia nas américas latinas, nas áfricas de norte a sul, nos
orientes médios ou extremos, para lá da antiga cortina de ferro.
É como se a fotografia
nunca tivesse sido ali praticada, reservando-se as referências ao chamado “mundo
ocidental”, europeu e norte americano. E no entanto...
No entanto a importância da
fotografia que não no mundo ocidental é tão importante que o Brasil tem um dia
para celebrar esta forma de expressão e registo, assinalando a chegada do
primeiro fotógrafo ao país.
No entanto o
desenvolvimento da fotografia na Rússia, tanto na estética como na técnica, foi
de tal forma que tinham as suas próprias unidades de medição de luz.
No entanto, se olharmos
para a fotografia Chinesa, feita por chineses para consumo interno, constata-se
que a organização dos elementos que a constituem é diferente da chamada ocidental.
No entanto, se compararmos
a utilização de cor, não apenas em paisagem mas também em estúdio, veremos
enormes variações nos tons e saturações consoante a latitude e o respectivo
clima.
No entanto, e porque as
regras e organizações sociais variam com as culturas e tradições, as abordagens
aos assuntos variam na forma e no conteúdo.
Neste nosso egocentrismo
ocidental esquecemos, ou fazemos por esquecer, que há outros umbigos que não
apenas o nosso, quantas vezes mais interessantes ou belos.
Pentax K7, Pentax 18-55
by me